“Em defesa da Cobra”
Um manuscrito e algumas histórias
Palabras clave:
reserva de mercado, privatização da Cobra, história da informática brasileiraResumen
Um manuscrito, intitulado “Em defesa da Cobra”, revela uma carta em construção pela Associação dos Empregados da Cobra, cuja forma final (ainda não localizada) foi entregue a membros do Congresso Nacional e do poder executivo, em agosto de 1988. O objetivo era pressioná-los a impedir o processo, então em marcha, de privatização da Cobra Computadores, principal fabricante de mini e microcomputadores do período da reserva de mercado no Brasil. O artigo pretende recuperar algumas histórias relacionadas a essa tentativa de privatizar a Cobra, como se estivéssemos diante de um quebra-cabeça a ser resolvido, tomando o manuscrito como ponto de partida. Além do compartilhamento do próprio manuscrito, um documento relevante todavia sem registro na história do período, a resolução do quebra-cabeça envolve dois esforços: 1) investigar o noticiário de imprensa, rico em reportagens ao longo daquele 1988, quando a privatização de estatais ganhou fôlego na cena nacional; 2) entrevistas com atores participantes da luta pela “interrupção imediata desse processo de privatização, lesivo ao patrimônio público e contrário aos interesses da soberania nacional”, conforme se lê ao final do manuscrito. Entre ambos os esforços, uma diferença significativa: enquanto o noticiário da imprensa está imediatamente disponível, os atores daquela luta ainda têm de ser localizados. Enfim, o artigo permite uma visão de mais detalhe sobre uma iniciativa brasileira de privatização, uma bandeira sempre em voga - ora ativa, ora à espera de ser retomada - na pauta das políticas neoliberais dos governos e partidos latino-americanos desde os últimos anos do século 20.
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Derechos de autor 2024 Henrique Cukierman

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