Prática musical infantil e Teoria do Fluxo: duas survays em contexto brasileiro

Autores

  • Rosane Cardoso de Araújo Universidade Federal do Paraná (Brasil)
  • Flávia de Andrade Campos Universidade Federal do Paraná (Brasil)
  • Célia Regina Vieira de Albuquerque Banzoli Universidade Federal do Paraná (Brasil)

DOI:

https://doi.org/10.21932/epistemus.4.2867.2

Palavras-chave:

Teoria do Fluxo, motivação, prática musical

Resumo

Neste artigo relatamos um estudo realizado sobre a prática musical de crianças sob o enfoque da Teoria do Fluxo de Csikszentmihalyi. Realizamos entre 2014 e 2016 uma pesquisa cujo objetivo geral foi investigar a presença de elementos que conduzem crianças à experiência do fluxo nas aulas de musicalização e de prática de instrumentos musicais. A metodologia utilizada foi o estudo de levantamento (survey), realizado em dois contextos específicos. Participaram do estudo 48 crianças com idade entre 8 e 12 anos. A coleta de dados foi obtida por meio de um questionário que serviu para levantar dados gerais das crianças e verificar a presença de elementos que podem conduzir ao fluxo. Um escala Likert de cinco pontos avaliou a presença dos indicadores do fluxo: (1) Motivação; (2) Concentração; (3) Sentimento de competência/autoconfiança; (4) Metas claras; e (5) Satisfação/alegria. Os resultados indicaram que as aulas de musicalização eram mais motivadoras que as aulas de instrumento musical; que muitos participantes possuíam possibilidades de vivenciar o fluxo em suas práticas musicais; que o professor tem papel fundamental para envolver, motivar e, possivelmente, auxiliar os alunos a vivenciar o fluxo em suas atividades musicais.

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Biografia do Autor

Rosane Cardoso de Araújo, Universidade Federal do Paraná (Brasil)

Professora Associada do Departamento de Artes da Universidade Federal do Paraná (UFPR- Brasil). Pós-doutora em Música pela Università di Bologna (Itália). Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Música (Mestrado e Doutorado) da UFPR. Bolsista de Produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/ Brasil). Presidente da Associação Brasileira de Cognição e Artes Musicais (ABCM). Gestão 2014-2017. Líder do Grupo de Pesquisa PROFCEM (Processos Formativos e Cognitivos em Educação Musical). Doutorado em Música.

Flávia de Andrade Campos, Universidade Federal do Paraná (Brasil)

Mestranda em Música e formada em Licenciatura em Música pela Universidade Federal do Paraná (UFPR – Brasil). É membro do Grupo de Pesquisa PROFCEM (Processos Formativos e Cognitivos em Educação Musical). Foi bolsista de Iniciação Científica pela Fundação Araucária (Brasil). É professora de musicalização na Escola Alecrim Dourado (Curitiba) e professora de música do ensino básico na Escola Opet (Curitiba).

Célia Regina Vieira de Albuquerque Banzoli, Universidade Federal do Paraná (Brasil)

É membro do Grupo de Pesquisa PROFCEM (Processos Formativos e Cognitivos em Educação Musical). Foi bolsista de Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/ Brasil). É regente de coro e cursa Licenciatura em Música na Universidade Federal do Paraná (UFPR – Brasil). Possui Bacharelado e Licenciatura em Química pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.

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Publicado

2016-12-21

Como Citar

Cardoso de Araújo, R., de Andrade Campos, F., & Vieira de Albuquerque Banzoli, C. R. (2016). Prática musical infantil e Teoria do Fluxo: duas survays em contexto brasileiro. Epistemus. Revista De Estudos Em Música, Cognição E Cultura, 4(2), 38–53. https://doi.org/10.21932/epistemus.4.2867.2

Edição

Seção

Artículos originales de investigación