Prática musical infantil e Teoria do Fluxo: duas survays em contexto brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.21932/epistemus.4.2867.2Palavras-chave:
Teoria do Fluxo, motivação, prática musicalResumo
Neste artigo relatamos um estudo realizado sobre a prática musical de crianças sob o enfoque da Teoria do Fluxo de Csikszentmihalyi. Realizamos entre 2014 e 2016 uma pesquisa cujo objetivo geral foi investigar a presença de elementos que conduzem crianças à experiência do fluxo nas aulas de musicalização e de prática de instrumentos musicais. A metodologia utilizada foi o estudo de levantamento (survey), realizado em dois contextos específicos. Participaram do estudo 48 crianças com idade entre 8 e 12 anos. A coleta de dados foi obtida por meio de um questionário que serviu para levantar dados gerais das crianças e verificar a presença de elementos que podem conduzir ao fluxo. Um escala Likert de cinco pontos avaliou a presença dos indicadores do fluxo: (1) Motivação; (2) Concentração; (3) Sentimento de competência/autoconfiança; (4) Metas claras; e (5) Satisfação/alegria. Os resultados indicaram que as aulas de musicalização eram mais motivadoras que as aulas de instrumento musical; que muitos participantes possuíam possibilidades de vivenciar o fluxo em suas práticas musicais; que o professor tem papel fundamental para envolver, motivar e, possivelmente, auxiliar os alunos a vivenciar o fluxo em suas atividades musicais.
Downloads
Métricas
Referências
Addessi, A. R.; Ferrari, L.; Carlotti, S.; Pachet, F. (2006) Young children musical experience with a flow machine. In: M. Baroni et Al.(Eds). Proceedings of the 9th ICMPC, Bologna: Bononia University Press, cd-rom.
Araujo, R. C. (2013) Crenças de autoeficácia e teoria do fluxo na prática, ensino e aprendizagem musical. Revista Percepta, Curitiba, v. 1, n. 1, [pp. 55-66}
Araujo, R. C.; Andrade, M. A. (2011). Experiência de fluxo e prática instrumental: dois estudos de caso. Revista DAPesquisa, Volume 8, [pp.553-563].
Araujo, R. C.; Andrade, M. A. (2013). Um estudo sobre motivação para a prática musical de adolescentes com base na teoria do fluxo. XIII Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música, Natal, 2013. Disponível em: < http://www.anppom.com.br/congressos/index.php/ANPPOM2013/Escritos2013/paper/view/2497>. Acesso em: 10/02/2016.
Araujo R. C.; Pickler, L. (2008). Um estudo sobre motivação e estado de fluxo na execução musical. In: Anais do IV Simpósio de Cognição e artes musicais. Disponível em http://www.fflch.usp.br/dl/simcam4/anais_simcam4.htm.
Babbie, E. (1999). Métodos de Pesquisas de Survey. Belo Horizonte: Editora UFMG.
Bzuneck, José A. (2009) A motivação do aluno: aspectos introdutórios. In:. Boruchovitch, E.; Bzuneck J. A. (Orgs.). A motivação do aluno: Contribuições da Psicologia Contemporânea. Petrópolis: Vozes, [pp. 09-36].
Cavalcanti, C. R. P. (2009) Auto-regulação e prática instrumental: um estudo sobre as crenças de auto- eficácia de músicos e instrumentistas. Dissertação de Mestrado. Curitiba: UFPR.
Cereser, C.M.I. (2011) As crenças de auto-eficácia de professores de música. Tese de doutorado. Proto Alegre: UFRGS.
Cereser, C.M. I.; Hentschke, L. (2009) A escala de crenças de auto-eficácia dos professores de música para atuar no contexto escolar. In: Anais do XVIII Congresso Nacional da Associação Brasileira de Educação Musical. Londrina: ABEM, [pp. 127-136].
Csikszentmihalyi, M. (1990). Flow: The psychology of Optimal Experience. New York: Harper & Row.
Csikszentmihalyi, M. (1992). A psicologia da felicidade. São Paulo: Saraiva.
Csikszentmihalyi, M. (1999). A descoberta do fluxo. Psicologia do envolvimento com a vida cotidiana. Rio de Janeiro: Rocco.
Custodero, L. A. (2006). Buscando desafios, encontrando habilidades: a experiência de fluxo e a educação musical. In: Ilari, B. (Ed.). Em busca da mente musical [pp. 381-399]. Curitiba: Editora da UFPR.
Custodero, L. A. (2005). Observable Indicators of Flow Experience: A Developmental Perspective on Musical Engagement in Young Children from Infancy to School Age. Music Education Research, July, 07, n2, [pp.185-209].
Gil, A. C. (2000) Métodos e técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas.
Gonçalves L. S. (2013) Um estudo sobre crenças de autoeficácia de alunos de percepção musical. Dissertação de Mestrado. Curitiba, UFPR.
McPherson, G. E., & McCormick, J. (2006). Self-efficacy and performing music. Psychology of Music, 34(3), [pp. 321-336].
McPherson, G. E., & Zimmerman, B. J. (2002). Self-regulation of musical learning: A social cognitive perspective. In: Colwell, R. & Richardson, C. (Eds.), The new handbook of research on music teaching and learning [pp. 327–347]. New York: Oxford University Press.
McPherson, G. E., Renwick, J. (2011). Self-regulation and mastery of musical skills [pp. 234–248]. In B. Zimmerman and D. Schunk (Eds.), Handbook of self-regulation of learning and performance. New York: Routledge.
O`Neill S.; McPherson, G. E. (2002) Motivation. In: Parncutt R.; McPheron, G. (ed.). The science & psychology of music performance: creative strategies for teaching and learning. [pp.31-46] New York: Oxford University Press.
Penna, M. (2010). Música (s) e seu ensino. 2. ed. Porto Alegre: Sulina.
Silva, R. R. (2012). Consciência de autoeficácia: uma perspectiva sociocognitiva para o estudo da motivação de professores de piano. Dissertação de Mestrado. Curitiba: UFPR.
Reeve, J. (2006) Motivação e Emoção. 4.ed. Rio de janeiro: LTC.
Ritchie, L.; Williamon, A. (2011). Measuring distinct types of musical self-efficacy. Psychology of Music, 39(1), [pp.328-344].
Stocchero, M. A. (2012). Experiências de Fluxo na Educação Musical: um Estudo sobre Motivação. Dissertação de mestrado. Curitiba: UFPR.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Politica vigente desde octubre de 2019
La aceptación del manuscrito por parte de la revista implica la cesión no exclusiva de los derechos patrimoniales de los/as autores/as en favor del editor, quien permite la reutilización, luego de su edición (postprint), bajo una Licencia Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA 4.0)
Acorde a estos términos, el material se puede copiar y redistribuir en cualquier medio o formato siempre que a) se cite la autoría y la fuente original de su publicación (revista y URL de la obra), se brinde el acceso a la licencia y se indique si se realizaron cambios; b) no se utilice el material para fines comerciales.
La cesión de derechos no exclusivos implica que luego de su edición (postprint) en Epistemus los/as autores/as pueden publicar su trabajo en cualquier idioma, medio y formato; en tales casos, se solicita que se consigne que el material fue publicado originalmente en esta revista.
Tal cesión supone, también, la autorización de los/as autores/as para que el trabajo sea cosechado por SEDICI, el repositorio institucional de la Universidad Nacional de La Plata, y sea difundido en las bases de datos que el equipo editorial considere adecuadas para incrementar la visibilidad de la publicación y de sus autores/as.
Asimismo, la revista incentiva a los/as autores/as para que luego de su publicación en Epistemus depositen sus producciones en otros repositorios institucionales y temáticos, bajo el principio de que ofrecer a la sociedad la producción científica y académica sin restricciones contribuye a un mayor intercambio del conocimiento global.