O tempo gravado em pedra: astromorfos no abrigo rochoso de Ayasta, Honduras
DOI:
https://doi.org/10.24215/26840162e005Palavras-chave:
Ayasta, arte rupestre, arqueoastronomía, astromorfos, solstício de invernoResumo
Neste trabalho, são apresentados os resultados obtidos da análise arqueoastronômica da arte rupestre nos abrigos rochosos de Ayasta, Honduras. Nas paredes desses abrigos rochosos, foram identificados diversos motivos, sendo os mais numerosos os de tipo antropomórfico, zoomórfico e geométrico. No entanto, os estudos e análises arqueológicas deixaram de lado motivos que podem ser claramente relacionados com fenômenos astronômicos (que denominamos astromorfos). Entre eles, consideramos também os geométricos que aparecem como espirais, assim como as séries de círculos concêntricos. Esses últimos tipos de motivos têm sido interpretados na arte rupestre de várias localidades do continente americano como marcadores das posições extremas do sol.
Dada a peculiar orografia do horizonte local e a localização em um estreito vale do abrigo rochoso, a ferramenta utilizada nesta análise é o software arqueoastronômico denominado Chan U’Bih, desenvolvido no Departamento de Arqueoastronomia e Astronomia Cultural da Faculdade de Ciências Espaciais da Universidade Nacional Autónoma de Honduras. Através deste software, é possível realizar simulações que representam o horizonte local e as trajetórias solares. Desta forma, foram identificados os fenômenos de luz e sombra sobre os astromorfos, produto da interação entre a borda externa do teto do abrigo, a linha do horizonte e os raios do Sol, no momento do seu nascer nas datas mencionadas.
Por fim, são apresentados os dados obtidos das visitas ao abrigo durante o solstício de inverno no hemisfério Norte como forma de contrastar os modelos apresentados anteriormente e expõem-se tanto as conclusões derivadas do trabalho e análise prévia quanto as hipóteses de trabalho inferidas das conclusões obtidas até o momento e a metodologia para poder verificá-las.
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