Trajetórias da bovinocultura de corte na Argentina e no Brasil: uma análise histórica e comparada sobre os efeitos das políticas de estado nos últimos dois séculos
DOI:
https://doi.org/10.24215/16699513e034Palabras clave:
bovinocultura, estado, carne bovina, historia comparada, agronegocioResumen
Nos últimos 200 anos, Argentina e Brasil dividiram a importância na produção e na comercialização global de
carne bovina. Num primeiro momento, ao longo de quase um século, a detenção de tal poder esteve na mão dos portenhos, que utilizaram muito bem as características das terras pampeanas para multiplicar os seus rebanhos.
Nos últimos 60 anos, porém, de forma surpreendente, o Brasil assumiu essa tarefa e se tornou o detentor do
maior rebanho comercial do mundo e o maior exportador de carne bovina do planeta. Nesse estudo, por meio de uma análise histórico-comparativa, buscou-se analisar qual a participação do Estado no crescimento do rebanho bovino, em cada um dos dois países, ao longo desse período. Para tanto, segmentou-se o tempo em subperíodos, os quais foram denominados de ‘casos’ e criou-se parâmetros de comparação através de uma gradação indicativa do impacto provocado pelas políticas e ações governamentais sobre o crescimento dos rebanhos. Utilizou-se fontes secundárias e documentais para levantar os dados históricos. Os resultados
mostraram que, tanto na Argentina, quanto no Brasil, a participação estatal, direta ou indireta, foi determinante para influenciar no crescimento dos rebanhos e na consequente participação do agronegócio da carne bovina na balança comercial dos dois países.
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