Potencial de rizobactérias no controle de Meloidogyne incognita em figueira
Palabras clave:
controle biológico, rizobactérias, nematoide das galhas, figueiraResumen
A figueira é economicamente importante pelo papel social que representa no contexto da agricultura familiar. No entanto, sua viabilidade econômica pode ser comprometida em áreas infestadas pelo nematoide das galhas (Meloidogyne incognita) devido à carência de medidas de controle efetivas e disponíveis. Assim, a inserção do controle biológico no manejo integrado dessa praga constitui-se como uma estratégia importante. As rizobactérias são consideradas biocontroladoras promissoras por promover o crescimento vegetal e/ou inibir a ação parasítica dos fitonematoides sobre as plantas hospedeiras. Dessa forma, objetivou-se com esse trabalho, avaliar o desempenho de 14 isolados bacterianos provenientes da rizosfera de figueira e de rochas de folhelhos betuminosos, no biocontrole de M. incognita em figueira. Mudas de figueira cv. ‘Roxo de Valinhos' microbiolizadas com os isolados bacterianos foram transplantadas em solo naturalmente infestado com M. incognita. Sete isolados (F08, F25, F71, F76, F78, FB34 e FB59), reduziram significativamente o fator de reprodução do nematoide das galhas (P<0,05) em valores que variaram entre 20 e 49%. Contudo, além de suprimir a multiplicação do patógeno, o isolado F78 (Streptomyces sp.) promoveu aumento do peso de raízes, maiores índices de clorofila e conteúdo das enzimas de resistência peroxidades e polifenol-oxidades, e, redução na concentração de fenóis das figueiras microbiolizadas. Nesse sentido, a condução de trabalhos adicionais nesse patossistema pode possibilitar a melhor compreensão dos mecanismos de atuação das bactérias testadas no biocontrole de M. incognita, além de fornecer informações adicionais para a implementação dessa técnica em um programa de manejo integrado do nematoide das galhas.
Descargas
Métricas
Citas
ABRANTES, I. M., M.C. VIEIRA DOS SANTOS, L.P.M. DA CONCEIÇÃO, M.S.N. de A. SANTOS, N. VOVLAS. 2008. Root-knot and other plant-parasitic nematodes associated with fig trees in Portugal. Nematologia Mediterranea., 36:131-136.
AGROFIT: Sistema de Agrotóxicos Fitossanitários, 2003 - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Coordenação-Geral de Agrotóxicos e Afins/DFIA/DAS. Disponível em: . Acesso em: jul. 2013.
ALICE WEB. Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Disponível em: . Acesso em: 10 maio 2013.
ALVES, G. C. S.; J.M. SANTOS, P.L.M. SOARES, F.G. JESUS, E.J. ALMEIDA, R.T. THULER. 2011. Avaliação in vitro do efeito de rizobactérias sobre Meloidogyne incognita, M. javanica e Pratylenchus zeae. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, 78:557-564.
ASHOUB, A. H.; M.T. AMARA. 2010. Biocontrol activity of some bacterial genera against root-knot nematode, Meloidogyne incognita. Journal of American Science, 6:.321-328.
BUENO, P. R. R.; F.A.P. GONÇALVES, F. ASCÊNCIO. 2006 Avaliação da distribuição espacial e de níveis de infestação de nematoides na área de figueira (Ficus carica) do campo experimental “Coração da terra” FAEF Garça – SP. Revista Científica Eletrônica de Agronomia,.
CAMPOS, A. D; E.M.L. SILVEIRA. 2003. Metodologia para determinação da peroxidase e da polifenoloxidase em plantas. EMBRAPA: Comunicado Técnico 87,, 3p.
CARNEIRO, R. M. D. G.; M.R.A. ALMEIDA. 2001. Técnica de eletroforese usada no estudo de enzimas dos nematoides das galhas para identificação de espécies. Nematologia Brasileira,25:35-44.
CONN, V. M.; A.R. WALKER, C.M. FRANCO. 2008. Endophytic actinobacteria induce defense pathways in Arabidopsis thaliana. Molecular Plant-Microbe Interactions, 21:208-18.
CONRATH, U.; C.M. PIETERSE, M.B. MAUCH. 2002. Priming in plant-pathogen interactions. Trends Plant Science, 7:210-216.
CORRÊA, B. O.; A.B. MOURA, C.B. GOMES, L. SOMAVILLA, D.J.A. ROCHA, D.I. ANTUNES. 2012. Potential of seed microbiolization with rhizobacteria to control of root-knot nematode in common bean. Nematropica, 42:343-350.
CULBREATH, A.K. R. RODRIGUEZ-KÁBANA, G. MORGAN-JONES1986. Chitin and Paecilomyces lilacinus for control of Meloidogyne arenaria. Nematropica, 16:153-166.
EL-BORAI, F.; L.W. DUNCAN. 2005. Nematose parasites of subtropical and tropical fruit tree crops. In: LUC, M.; R.A. SIKORA, J. BRIEDGE. Plant parasites nematodes in subtropical and tropical agriculture. 2. ed. CAB International, 871p.
FABRY, C. F. S.; L.G. FREITAS, W.S. NEVES, M.M. COUTINHO, M.R. TÓTOLA, J.R. OLIVEIRA, R.D. GIARETTA, S. FERRAZ. 2007. Obtenção de bactérias para a o biocontrole de Meloidogyne javanica por meio de aquecimento de solo e tratamento com filtrado de raízes de plantas antagonistas a fitonematoides. Fitopatologia Brasileira, 32:.79-82.
FAO - Fod and agriculture organization of the united nations. Figs Production. Statistical Databases. Disponível em: . Acesso em: 15 jul. 2013.
FORMENTINI, H. M. 2009. Manipueira no controle de Meloidogyne incognita e no rendimento da figueira (Ficus carica L.) cv. Roxo de Valinhos no oeste paranaense. Dissertação (Mestrado em Agronomia) UNIOESTE/AGRONOMIA,.
FREITAS, L. G.; W.S. NEVES, C.F.S. FABRY, B.M. MARRA, M.M. COUTINHO, R.S. ROMEIRO, S. FERRAZ. 2005. Isolamento e seleção de rizobactérias para controle de nematoides formadores de galhas (Meloidogyne spp.) na cultura do tomateiro. Nematologia Brasileira, 29:215-220.
GADD, G. M. 1999. Fungal production of citric and oxalic acid: importance in metal speciation, physiology and biogeochemical processes. Advances in Microbial Physiology, 41:47-92,.
GOMES, C. B.; L. SOMAVILLA, R.M.D.G. CARNEIRO, A.G.D. ZECCA, F.A. COSTA, I. LIMA-MEDINA. 2009. Monitoramento do nematoide das galhas (Meloidogyne spp.) em figueira (Ficus carica) no Rio grande do Sul. Pelotas-RS: Embrapa Clima Temperado, 18p. (Boletim Pesquisas e Desenvolvimento (n.86).
GORBUSHINA, A. A. 2007. Life on the rocks-minireview. Environmental Microbiology, 9:1613-1631.
HALLMANN, J.; R. RODRÍGUEZ-KÁBANA, J.W. KLOEPPER. 1999. Chitin-mediated changes in bacterial communities of the soil, rhizosphere and within roots of cotton in relation to nematode control. Soil Biology and Biochemistry, 31:551-560.
HIRSCH, P.; U. MEVS, R. KROPPENSTEDT, P. SCHUMANN, E. STACKEBRANDT. 2004. Cryptoendolithic actinomycetes from Antarctic sandstone rock samples: Micromonospora endolithica sp. nov. and two isolates related to Micromonospora coerulea Jensen 1932. Systematic and Applied Microbiology, 27:166-174.
HUSSEY, R. S.; K.R. BARKER. 1973. A comparison of methods of collecting inocula of Meloidogyne spp., including a new technique. Plant Disease Reporter, St Paul, 57:1025-1028.
IBGE. 2013. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Sistema de Recuperação automática SIDRA. Disponível em: . JENKINS, W. R. 1964. A rapid centrifugal-flotation technique for separating nematodes from soil. Plant Disease Reporter, 48:692.
KADO, C. I.; M.G. HESKETT. 1970. Selective media for isolation of Agrobacterium, Corynebacterium, Erwinia, Pseudomonas and Xanthomonas. Phytopathology, 60:969-976.
KIM, K. Y.; D. JORDAN, G.A. MCDONALD. 1998. Effect of phosphate solubilizing bacteria and vesicular – arbuscular mycorrhizae on tomato growth and soil microbial activity. Biology and Fertility of Soils, 26:79-87.
LEHR, N. A.; S.D. SCHREY, R. HAMPP, M.T. TARKKA. 2008. Root inoculation with a forest soil streptomycete leads to locally and systemically increased resistance against phytopathogens in Norway spruce. New Phytologist, 177:965-976.
LEONEL, S. A figueira. 2008. Revista Brasileira de Fruticultura,30:577-856.
LIMA-MEDINA, I. L.; C.B. GOMES, C.E. ROSSI, R.M.D.G. CARNEIRO. 2006. Caracterização e identificação de populações de nematoides de galhas provenientes de figueiras (Ficus carica L.) do Rio Grande do Sul e de São Paulo. Nematologia Brasileira,30:179-187.
LIMA-MEDINA, I.; L. SOMAVILLA, R.M.D.G. CARNEIRO, C.B. GOMES. 2013. Espécies de Meloidogyne em figueira (Ficus carica) e em plantas infestantes. Nematropica, 43: 56-62.
MACAGNAN, D.; R.S. ROMEIRO, M.C.B. PEREIRA, R. LANNA-FILHO, D.S. BATISTA, W.V. POMELLA. 2008. Atividade de enzimas associadas ao estado de indução em mudas de cacaueiro expostas a dois actinomicetos residentes de filoplano. Summa Phytopathologica, 34:34-37.
MACHADO, V.; D.L.; BERLITZ, A.T.S. MATSUMURA, R.C.M. SANTIN, A. GUIMARÃES, M.E. da SILVA, L.M. FIÚZA. 2012. Bactérias como agentes de controle biológico de fitonematoides. Oecologia Australis, 16:165-182.
MAI, W. F.; P.G. MULLIN. 1996. Plant-parasitic nematodes: a pictoral key to genera. 5.ed. Nova York, Cornell University Presslthaca, 277p.
MEDEIROS, A. R. M. 2002. Figueira (Ficus carica L.) do plantio ao processamento. Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 16p. (Embrapa-CPACT. Circular Técnica, n.35).
ONGENA, M.; E. JOURDAN, A. ADAM, M. PAQUOT, A. BRANS, B. JORIS, J.L. ARPIGNY, P. THONART. 2007. Surfactin and fengycin lipopeptides of Bacillus subtilis as elicitors of induced systemic resistance in plants. Environmental Microbiology, 9:1084-1090.
OKA, Y.; CHET, I.; SPIEGEL,Y. 1993. Control of the root-knot nematode Meloydogyne javanica by Bacillus cereus. Biological Science and Technology, 3:115-126.
OOSTENBRINK, M. 1966. Major characteristics of the relation between nematodes and plants. Mededelingen Van De landbouwhogeschool Te Wageningen, Nederland, 66:1-46.
RADWAN, M.A. 2007. Bioactivity of commercial products of Bacillus thuringiensis on Meloidogyne incognita infecting tomato. Indian Journal of Nematology, 37:30-33.
RICHARDSON, A. E. 2001. Prospects for using soil microorganisms to improve the acquisition of phosphorus by plants. Australian Journal of Plant Physiology, Collingwood, 28:897-906.
ROBERTS, D. P.; S.M. LOHRKE, S.L.F. MEYER, J.S. BUYER, J.H. BOWERS, C.J. BAKER, W. LI, J.T. SOUZA, J.A. LEWIS, S. CHUNG. 2005. Biocontrol agents applied individually and in combination for suppression of soilborne diseases of cucumber. Crop Protection, 24:141-155.
ROMEIRO, R. S. 2007. Controle Biológico de Doenças de Plantas - Fundamentos. Viçosa Ed. UFV, 269p.
RUANPANUN, P.; LAATSCH, H.; TANGCHITSOMKID, N.; LUMYONG, S. 2011. Nematicidal activity of fervenulin isolated from a nematicidal actinomycete, Streptomyces sp. CMU-MH021, on Meloidogyne incognita. World J Microbiol Biotechnol, 27:1373-1380.
RYU, C.M.; M.A. FARAG, C.H. HU, M.S. REDDY, J.W. KLOEPPER, P.W. PARÉ. 2004. Bacterial Volatiles Induce Systemic Resistance in Arabidopsis. Plant Physiology, 134:1017–1026.
SANTOS, A. V. 2010. Potencial de uso da cultura da mamona e de seus subprodutos no manejo de áreas infestadas pelo nematoide das galhas (Meloidogyne spp.) e seus efeitos sobre outros nematoides. 58f. – Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade. Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2010.
SIDDIQUI, I. A.; S.S. SHAUKAT. 2003. Combination of Pseudomonas aeruginosa and Pochonia chlamydosporia for control of root-knot infecting fungi in tomato. Journal of Phytopathology, Berlin, 151:215-222.
SIDDIQUI, Z. A.; I. MAHMOOD. 1999. Role of rhizobacteria in the management of plant-parasitic nematodes: A review: Bioresource Technology, 69:167-179.
SIKORA, R.A. 1988. Interrelationship between plant health promoting rhizobacteria, plant parasitic nematodes and soil microorganisms. Medicine Facuteit Landbouwwetttenschapelipke Rijksuniversiteit Gent, 53867-878.
STIRLING, G. R. 1991. Biological control of plant-parasitic nematodes. Wallingford, UK: CAB International, 282p.
TARKKA, M. T; N.A. LEHR, R. HAMPP, S.D. SCHREY. 2008. Plant behavior upon contact with Streptomycetes. Plant Signaling & Behavior, 3917-919.
UNL NEMATOLOGY LAB. 2012. Interactive Diagnostic Key to Plant Parasitic,
Freeliving and Predaceous Nematodes. Disponível em:
http://nematode.unl.edu/key/nemakey.htm.
VESSEY, J. K. 2003. Plant growth promoting rhizobacteria as biofertilizers. Plant and Soil, 255:571-586.
WILLE, C.N. 2013. Potencial de bactérias isoladas de raízes de figueira e folhelhos pirobetuminosos no controle de Meloidogyne incognita em Ficus carica cv Roxo de Valinhos. Tese. (Doutorado em Agronomia, Área de Concentração em Fitossanidade) - Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 104f.
ZUCKERMAN, B. M.; H.B. JASSON. 1984. Nematode chemotaxis and possible mechanisms of host/prey recognition. Annual Review Phytopathology, 22:95-113.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
A partir de 2019 (Vol. 118 número 2) los artículos se publicarán en la revista bajo una licencia Creative Commons Atribución- NoComercial-CompartirIgual 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA 4.0)
Acorde a estos términos, el material se puede compartir (copiar y redistribuir en cualquier medio o formato) y adaptar (remezclar, transformar y crear a partir del material otra obra), siempre que a) se cite la autoría y la fuente original de su publicación (revista y URL de la obra), b) no se use para fines comerciales y c) se mantengan los mismos términos de la licencia.
Previo a esta fecha los artículos se publicaron en la revista bajo una licencia Creative Commons Atribución (CC BY)
En ambos casos, la aceptación de los originales por parte de la revista implica la cesión no exclusiva de los derechos patrimoniales de los/as autores/as en favor del editor, quien permite la reutilización, luego de su edición (posprint), bajo la licencia que corresponda según la edición.
Tal cesión supone, por un lado, que luego de su edición (posprint) en Revista de la Facultad de Agronomía las/os autoras/es pueden publicar su trabajo en cualquier idioma, medio y formato (en tales casos, se solicita que se consigne que el material fue publicado originalmente en esta revista); por otro, la autorización de los/as autores/as para que el trabajo sea cosechado por SEDICI, el repositorio institucional de la Universidad Nacional de La Plata, y sea difundido en las bases de datos que el equipo editorial considere adecuadas para incrementar la visibilidad de la publicación y de sus autores/as.
Asimismo, la revista incentiva a las/os autoras/es para que luego de su publicación en Revista de la Facultad de Agronomía depositen sus producciones en otros repositorios institucionales y temáticos, bajo el principio de que ofrecer a la sociedad la producción científica y académica sin restricciones contribuye a un mayor intercambio del conocimiento global.