Tabaco e Equipamento de Proteção Individual na Colheita. A Compreensão dos Agricultores Familiares no Sul do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.24215/16699513e019Palabras clave:
tabaco, doença da folha verde do tabaco, equipamento de proteção individual, agricultura familiarResumen
O presente artigo objetiva analisar a compreensão dos agricultores que produzem tabaco no sul do Brasil acerca da utilização do equipamento de proteção individual (EPI) na colheita do tabaco. Associado ao manuseio do fumo verde há um risco da intoxicação por nicotina, conhecida como doença da folha verde do tabaco – DFVT, a qual poderia ser evitada com a utilização de EPI. Pouco se conhece das práticas, das adaptações e do entendimento que os agricultores fazem do EPI de colheita. Via a utilização da perspectiva orientada aos atores (POA) e com o suporte de múltiplos estudos de casos verificou-se a hipótese de que os agricultores embora reconheçam a necessidade do uso do EPI, usam práticas/estratégias diferenciais baseadas em suas vivências para lidar com a possibilidade de intoxicação pela nicotina. Os resultados confirmam que os produtores conhecem o EPI, a DFVT e as relações entre as duas. Contudo, possuem esparsas informações sobre a limpeza do EPI e pouco se protegem no manuseio das folhas nas estufas, especialmente pela ocorrência de uma nova forma de intoxicação, nominada por eles como “bafo do fumo quente”. Finalmente, o artigo reflete as adaptações e inovações fundamentadas nas experiências dos agricultores (capacidade de agência) que ao mesmo tempo não seguem as recomendações oficiais, trazem indagações sobre o desenvolvimento de novos produtos e processos para qualificar a vida destes agricultores.
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