Experiência sonora na narrativa seriada The Midnight Gospel
Alcance cognitivo, pedagógico e psicológico da série
DOI:
https://doi.org/10.24215/18530494e068Palavras-chave:
som, audiovisual, série, psicoacústicaResumo
O objetivo deste artigo é identificar, com base numa teoria psicoacústica, o tipo de experiência sonora da narrativa The Midnight gospel (2020), abordando-a enquanto elemento que confere profundidade e multidimensionalidade à narrativa. Recorre-se à noção de níveis de realidade e à ideia de sonosfera para analisar o universo sonoro da série, de modo a elucidar o jogo de imersão musical, vocal e eletrônica que põe à prova a atenção da audiência. As conclusões levam a três aspectos importantes do alcance cognitivo, pedagógico e psicológico da série em análise cujo título já prediz que seus autores querem dar uma “boa notícia à meia-noite”. 1) Percebe-se que, se por um lado, a complexidade sonora mergulha o espectador no ambiente narrativo, ela também o convida a um esforço cognitivo de atenção e compreensão que o retira da condição imersiva. 2) Pedagogicamente, medita-se ouvindo música ou pronunciando sons, amplia-se a percepção fruindo variados repertórios musicais; abre-se o corpo à ampliação da consciência e à escuta do daimon. 3) a imersão musical, o retorno à protomúsica e o “efeito sereia” aparecem como estimulantes psíquicos capazes de devolver ânimo e entusiasmo para a própria existência do personagem, mas também, por um processo de identificação, da audiência.
Referências
An, D. M. (2018). Aspectos funcionais da trilha sonora para videogame no gênero RPG: um estudo do jogo Final Fantasy VII. [Tesis de Grado no publicada]. Universidade do Estado do Amazonas.
Bachelard, G. (2001). O ar e os sonhos: ensaio sobre a imaginação do movimento. Martins Fontes.
Berendt, J-E. (1983). Nada Brahma. A música e o universo da consciência. Cultrix.
Bondía, J. L. (2002). Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação,19, 20-28.
Bonilla, D. (2020) Prefácio. En R. Longhi, A. Lovato y A. Gifreu (Coords.). Narrativas complexas (pp. 11-34). Ria.
Chen, J. (2007). Flow in games (and everything else). Communications of the ACM, 50(4), 31-34. https://doi.org/10.1145/1232743.1232769
Chion, M. (2016). A audiovisão: som e imagem no cinema. Texto y Grafia.
Csíkszentmihályi, M. (1990). Flow: The psychology of optimal experience. Harper Perennial.
Collins, K. (2008). Game sound: An introduction to the history, theory, and practice of video game music and sound design. The MIT Press.
Costa, A. (2013). Da relação entre Logos e Daimon em Heráclito: a escuta. En R. R.Ricciardi y E. Zampronha (Eds), Quatro ensaios sobre música e filosofia (pp.79-92). Coruja.
Doane, M. A. (1983). A voz no cinema: a articulação de corpo e espaço. En I. Xavier (Ed.), A experiência do cinema: antologia (Parte 3, seção 3.5.1, pp. 457-475). Edições Graal, Embrafilme.
Dravet, F. (2020). Tecnologia e saberes espirituais em “The Midnight Gospel”: hiperabstração digital e imaginação. Texto Digital, 16(2), 75-92. https://doi.org/10.5007/1807-9288.2020v16n2p75
Heidegger, M. (2003). A caminho da linguagem. Vozes.
Hesíodo. (1996). Os trabalhos e os dias. Iluminuras.
Japiassu, H. y Marcondes, D. (2001). Dicionário básico de filosofia. Jorge Zahar.
Jung, C. G. (2000). Os arquétipos e o inconsciente coletivo. Vozes.
Jung, C. G. (2011). Psicologia e alquimia. Vozes.
Lima e Mello, M. Martins y D. Costa, C. (30 de noviembre de 2016). A interatividade nas trilhas sonoras de jogos digitais e um comparativo com a música de cinema [Video de YouTube]. https://www.youtube.com/watch?v=3FqIY5opucM&t=100s
Mervant-Roux, M.-M. (2011). Le son du théâtre II Dire l’acoustique. Théâtre Public.
Morin, E. (2008). O método 4: as ideias - habitat, vida, costume, organização. Sulina.
Murray, J. (2003). Hamlet no Holodeck: O Futuro da Narrativa no Ciberespaço. Unesp.
Nicolescu, B. (2009). Contradição, lógica do terceiro incluído e níveis de realidade. Cetrans.
Roveran, L. F. V. (2017). Música e adaptabilidade no videogame: Procedimentos composicionais de música dinâmica para trilha musical de jogos digitais. [Tesis de Maestría, Universidade Estadual de Campinas]. https://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/1368160
Sloterdijk, P. (2020). El imperativo estético. Akal.
Sloterdijk, P. (2016). Esferas 1 – Bolhas. Estação Liberdade.
Sousa, J. M. y Almeida, M. C. (2016). La ciencia no és totalmente científica. Paradigma, 37(2), 106-124. https://doi.org/10.37618/PARADIGMA.1011-2251.2016.p106-124.id589
Tomatis, A. (1999). L’oreille et la vie. Itinéraire d’une recherche sur l’audition, la langue et la communication. Laffont.
Ward, P. y Trussel, D. (Dirs). (2020). Midnight Gospel (The) [Serie]. Netflix.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Florence Dravet

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Politica vigente desde octubre de 2019
La aceptación del manuscrito por parte de la revista implica la cesión no exclusiva de los derechos patrimoniales de los/as autores/as en favor del editor, quien permite la reutilización, luego de su edición (postprint), bajo una Licencia Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA 4.0)
Acorde a estos términos, el material se puede copiar y redistribuir en cualquier medio o formato siempre que a) se cite la autoría y la fuente original de su publicación (revista y URL de la obra), se brinde el acceso a la licencia y se indique si se realizaron cambios; b) no se utilice el material para fines comerciales.
La cesión de derechos no exclusivos implica que luego de su edición (postprint) en Epistemus los/as autores/as pueden publicar su trabajo en cualquier idioma, medio y formato; en tales casos, se solicita que se consigne que el material fue publicado originalmente en esta revista.
Tal cesión supone, también, la autorización de los/as autores/as para que el trabajo sea cosechado por SEDICI, el repositorio institucional de la Universidad Nacional de La Plata, y sea difundido en las bases de datos que el equipo editorial considere adecuadas para incrementar la visibilidad de la publicación y de sus autores/as.
Asimismo, la revista incentiva a los/as autores/as para que luego de su publicación en Epistemus depositen sus producciones en otros repositorios institucionales y temáticos, bajo el principio de que ofrecer a la sociedad la producción científica y académica sin restricciones contribuye a un mayor intercambio del conocimiento global.






















