Um retrato muito pessoal do pioneiro da arqueoastronomia, Professor Michael Hoskin, colega, mentor e amigo
DOI:
https://doi.org/10.24215/26840162e011Palavras-chave:
Michael Hoskin, Antequera, arqueoastronomia, monumentos megalíticos, congressos de OxfordResumo
Michael Hoskin é o nome de um gigante acadêmico cuja memória estará sempre ligada à astronomia cultural. Professor de História da Ciência na Universidade de Cambridge, no Reino Unido, onde se especializou primeiro em Isaac Newton e seu “Principia”, e depois na família de William Herschel, com ênfase especial na figura de Caroline Herschel, irmã do descobridor de Urano e uma mulher pioneira no mundo da astronomia, sobre a qual escreveu vários livros. Em 1969, um editor londrino perguntou a Hoskin se havia algum campo da história da ciência que ainda não estivesse coberto pela literatura especializada, o que levou à fundação do 'The Journal for the History of Astronomy' [JHA], que Hoskin editaria por 45 anos e que continua sendo um periódico de referência na área. No entanto, sua relação com a astronomia cultural, como a concebemos hoje, começou em 1981, quando ele era presidente da IAU Commission on the History of Astronomy e, familiarizado com a efervescência emergente no campo, convocou na cidade universitária de Oxford o primeiro de uma série de congressos nessa disciplina que acabaria levando o nome dessa cidade, dos quais o recentemente realizado em La Plata (Argentina) foi sua décima segunda edição Pioneiro em estudos arqueoastronômicos na bacia do Mediterrâneo, seu trabalho o levou da ilha de Chipre à Península Ibérica e da Bretanha ao contraforte das montanhas do Atlas, medindo mais de dois mil monumentos ciclópicos e megalíticos de todos os tipos. Seu trabalho na Sardenha e na costa atlântica da Península Ibérica é um ponto de referência. Durante três décadas, ele se esforçou para que a comunidade arqueológica compreendesse os benefícios da arqueoastronomia como uma outra forma de arqueometria, destacando sua utilidade. A conexão do professor Michael Hoskin com a cidade de Antequera e seus monumentos megalíticos, Menga, Viera e El Romeral, vai além de todo o seu trabalho de pesquisa refletido em “Tumbas, templos e suas orientações”. Ele foi escolhido como um porta-estandarte do saber-fazer e de como a ciência bem-feita pode servir para revalorizar o patrimônio cultural de um país. Por mais de um quarto de século, o autor interagiu com esse professor da Universidade de Cambridge que fez dos monumentos megalíticos um de seus objetivos vitais. Esta é a história desse relacionamento durante a construção de um paradigma que tornou as Antas de Antequera e a Menorca Talayótica um Patrimônio Mundial.
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