Análise de resíduos de produtos fitossanitários em erva-mate (Ilex paraguariensis) proveniente de áreas de sistema agroflorestal do Planalto Norte Catarinense

Autores/as

  • Ludmila Nascimento Machado
  • Arcângelo Loss
  • Denilson Dortzbach
  • Juliane Seleme Behmer
  • Kleber Trabaquini

DOI:

https://doi.org/10.24215/16699513e044

Palabras clave:

erva-mate cancheada, indicação geográfica, mata de araucária, multiresíduos

Resumen

A erva-mate produzida em áreas de floresta é influenciada pelos fatores sombreamento, altitude e umidade do solo, os quais favorecem o diferencial de qualidade e sabor intitulado a esse produto. O planalto norte
catarinense caracteriza-se como uma das principais regiões produtoras de erva-mate em áreas de floresta no
Brasil. Sendo assim, objetivou-se realizar a quantificação das áreas de florestas, utilizando imagens do satélite C-bers 4 e analisar, em amostras de erva-mate cancheada, indícios de contaminação por produtos fitossanitários visando subsidiar a indicação geográfica (IG) da cultura. Ensaios de multiresíduos de produtos fitossanitários foram realizados por meio de cromatografia a líquido/espectrometria de massa sequencial (LS/MS/MS) conforme métodos da AOAC (2012), e não foram encontradas contaminação por nenhuma das 151 substâncias avaliadas na análise. Dentre todos os usos das terras avaliados, 44% são de áreas de florestas nativas. A expressiva presença de áreas de floresta e ausência de contaminação por produtos fitossanitários na erva-mate cultivada nessa região favorece ainda mais IG da cultura.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Métricas

Cargando métricas ...

Citas

Albas, C.S., J.P. Souza, G.A. Nai & J.L.S. Parizi. 2014. Avaliação da genotoxicidade da Ilex paraguariensis (erva mate) pelo teste do micronúcleo. Revista Brasileira de Plantas Medicinais 16: 345-349.

ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). 2015. Resolução de diretoria colegiada - RDC N° 24 (8/ 06/2015). DOU Nº 107. Disponível em: DC_24_2015_COMP.pdf/d0d99450-1152-4f7a-91b9- 1130fcb17fa2>. Acesso em: 9 de agosto de 2018.

AOAC (Official Methods of Analysis of AOAC international). 2012. 19Th edition. AOAC 53 International, Gaithersburg, Maryland, USA. Disponível em: <http://www.eoma.aoac.org>. Acesso em: 21 de agosto de 2018.

Bender, A.T., J.B. Neris & P. Böttcher. 2014. Importância econômica da cultura da erva-mate. In: XXII Seminário de Iniciação Científica. Unijui, Disponível em:

file:///C:/Users/Pos%20Agroecos/Downloads/3601- Texto%20do%20artigo-15071-1-10-20140815.pdf. Acesso em: 28 de outubro de 2019.

Chaimsohn, F.P., N.C. Machado & D.A. Benassi. 2015. Caracterização de sistemas de produção tradicionais e agroecológicos de erva-mate de agricultores familiares nas regiões Centro-sul do Paraná e Norte Catarinense - Síntese de resultados do projeto. Anais do III Seminário sobre caracterização de sistemas de produção tradicionais e agroecológicos de erva-mate de agricultores familiares nas regiões Centro Sul e Norte Catarinense - União da Vitória, PR.

Chiarello, M., R.N. Graeff, L. Minetto, G. Cemin, V.E Schneiderb & S. Moura. 2017. Determinação de agrotóxicos na água e sedimentos por hplc-hrms e sua relação com o uso e ocupação do solo. Química Nova 40: 158-165.

Correia, L.C., B. Arceles, T. Guerra, T.A. Costa & E.L.C. Junior. 2016. Efeito do consumo do extrato de erva-mate (Ilex paraguariensis A. St.-Hil.) sobre os níveis de colesterol sanguíneo em voluntários sadios. XI Congresso Pharmaceutical Scienses of Mercorsur. Cascavel/PR. Disponível em: http://eventosunioeste.unioeste.br/images/cosimp/anais/

pages/artigos/13442.pdf.

Dallabrida, V.R., F.T. Santos, L.W. Petrentchuk, M.R. Sakr, M.Z. Barbosa, N. Zeithammer, P. Moreira, T.L. Scolaro & J. Marchesan. 2014. Indicação geográfica da erva mate no território do contestado: reflexões e projeções. Desenvolvimento Regional em Debate 4: 44- 77.

Dallabrida, V.R. 2012. Território E Desenvolvimento Sustentável: Indicação Geográfica Da Erva-Mate De Ervais Nativos No Brasil. Revista Informe Gepec 16: 42- 59.

Dortzbach, D., G. Neppel, K. Trabaquini & V.F. Vieira. 2018. Indicação da Erva-Mate do Planalto Norte Catarinense. EPAGRI, Florianópolis, SC. 130 pp.

Embrapa Floresta (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). 2014. A erva-mate. Disponível em: <https://www.embrapa.br/florestas/transferencia-detecnologia/

erva-mate>. Acesso em: 28 de agosto de 2019.

Fockink, G.D., J.C. Niemeyer & P.C.P.F. Junior. 2015. Efeito de diferentes níveis de sombreamento nas características estomáticas de folhas de plantas jovens de erva-mate (Ilex paraguariensis A. St. Hill.). Anais do II Seminário de Pesquisas da Floresta Nacional de Três Barras. Três Barras, SC, Brasil. Disponível em: http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/anais_2_ seminario_de_pesquisas_flona_tres_barras.pdf. Acesso em: 28 de outubro de 2019.

Gerhardt, M. 2013. História ambiental da erva-mate. Tese. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil. 290 pp.

IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). 1992. Portaria Normativa nº 11 8-N (12/11/1992). Disponível em:

http://www.oads.org.br/leis/1485.pdf. Acesso em: 28 de outubro de 2019.

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e estatística). 2011. Produção da extração vegetal e da silvicultura – ano de 2010. Disponível em: . Acesso em: 02 de setembro de 2018.

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e estatística). 2017. Agência IBGE Notícias. Disponível em: < https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/>. Acesso em: 4 de setembro de 2018.

Iede, E.T. & D.C. Machado. 1989. Pragas da ervamate (Illex paraguariensis) e seu controle. Boletim de Pesquisa Florestal, 18/19: 51-60.

Marques, A.C. 2014. As Paisagens do Mate e a Conservação Socioambiental: um Estudo Junto aos Agricultores Familiares do Planalto Norte Catarinense. Tese. Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Brasil. 200 pp.

Marques, A.C., V.F. Denardin & M.S. Reis. 2014. As paisagens dos ervais no Planalto Norte Catarinense e a Conservação dos remanescentes florestais. Agriculturas 3: 32-36.

Marques, A.C., V.F. Denardin, M.S. Reis & C. Wisniewski. 2015. As paisagens do mate no Planalto Norte Catarinense. Anais do III Seminário sobre caracterização de sistemas de produção tradicionais e agroecológicos de erva-mate de agricultores familiares nas regiões Centro Sul e Norte Catarinense - União da Vitória, PR. Disponível em:

https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstrea m/doc/1063165/1/Doc292AnaisdoIIISeminariosobrecara cterizacao.pdf. Acesso em: 28 de outubro de 2019.

Piazza, W.F. 1983. Santa Catarina: sua história. Editora Lunardelli, Florianópolis. 750 pp.

Poletti, G.D., E.M. Ethur & L. Hoehne. 2014. Determinação de cádmio e chumbo em solos usados em plantações de erva-mate sem e com diferentes tipos de manejo da região sul do país. Revista Destaques Acadêmicos 6: 59-65.

Reis, M.S., T. Montagna, A.G. Mattos, S. Filippon, A.H. Ladio, A.C. Marques, A.A. Zechini, N. Peroni & A. Mantovani. 2018. Domesticated Landscapes in Araucaria Forests, Southern Brazil: A Multispecies Local Conservation-by-Use System. Frontiers in Ecology and Evolution 6: 01-14.

Silva, J.M. 1997. Processos econômicos-sociais regionais e seus impactos sobre a estrutura sobre a estrutura urbana de Guarapuava, PR. Revista de História Regional 2: 9-43.

Souza, A. M. 1998. Dos ervais ao mate: possibilidades de revalorização dos tradicionais processos de produção e de transformação de erva-mate no planalto norte catarinense. Dissertação. Universidade Federal de Santa Catarina, Florinaópolis, Brasil. 124 pp.

Strapasson, A. 2012. Produtores de erva-mate comemoram bom momento no setor. Agência da notícia. Disponível em: https://www.agrolink.com.br/noticias/produtores-deerva- mate-comemoram-bom-momento-dosetor_ 160374.html. Acesso em: 19 de julho de 2019.

Thomé, N. 1981. Civilizações primitivas do Contestado. Impressora Universal, Caçador. 79 pp.

Vogt, A.G. & G.J.M. Gallotti. 2015. Caracterização morfológica de erva-mate no Planalto Norte Catarinense. Anais do II Seminário de Pesquisas da Floresta Nacional de Três Barras. Três Barras, SC, Brasil. Disponível em: http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/anais_2_ seminario_de_pesquisas_flona_tres_barras.pdf. Acesso em: 28 de outubro de 2019.

Vogt, A.G., G. Neppel & A.M. Souza. 2016. A atividade ervateira no planalto norte catarinense: a indicação geográfica como alternativa para a (re) valorização do produto erva-mate. Revista eletrônica do programa de mestrado em desenvolvimento regional da universidade do Contestado 6: 64-87.

Vogt, G.A. 2014. Indicação geográfica (IG) e desenvolvimento territorial: situação e perspectivas da erva mate nas regiões Planalto Norte de Santa Catarina, Centro Sul e Sul do Paraná. In: Desenvolvimento territorial: políticas públicas brasileiras, experiências internacionais e a indicação geográfica como referência. Dallabrida, V.R. (Org.),

LiberARs, São Paulo. pp. 275-283.

Wachowicz, R.C. 1985. Paraná: sudeste, ocupação e colonização. Editora Lítero-Técnica, Curitiba. 313 pp.

Publicado

2020-07-10

Cómo citar

Machado, L. N., Loss, A., Dortzbach, D. ., Behmer, J. S., & Trabaquini, K. . (2020). Análise de resíduos de produtos fitossanitários em erva-mate (Ilex paraguariensis) proveniente de áreas de sistema agroflorestal do Planalto Norte Catarinense. Revista De La Facultad De Agronomía, 119(1), 044. https://doi.org/10.24215/16699513e044