Cinco anos de avaliações dos efeitos de porta-enxertos sobre a produção, produtividade e eficiência produtiva do pessegueiro ‘Maciel’
DOI:
https://doi.org/10.24215/16699513e017Palabras clave:
Rosaceae, Prunus persica, frutas de caroço, plantas frutíferas enxertadasResumen
Os porta-enxertos constituem o sistema radicular das plantas enxertadas, interagem com os fatores bióticos e abióticos do solo e influenciam inúmeras características da cultivar-copa. No Rio Grande do Sul, estado maior produtor brasileiro de pêssegos, as cultivares tipo indústria ‘Aldrighi’ e ‘Capdeboscq’ foram bastante utilizadas como porta-enxerto até o final da década de 1970, devido a facilidade de obtenção de sementes e também pela ausência de porta-enxertos adequados. Hipotetizou-se que cultivares com características desejáveis de sistema radicular e lançadas para a finalidade porta-enxerto, como ‘Flordaguard’, ‘Nemaguard’ e ‘Okinawa’, aumentam o desempenho produtivo da cv. Maciel, comparativamente a ‘Aldrighi’ e ‘Capdeboscq’. O objetivo do presente trabalho foi avaliar os efeitos de cinco cultivares como porta-enxerto (Aldrighi, Capdeboscq, Flordaguard, Nemaguard e Okinawa) sobre a produção por planta, produtividade por hectare e eficiência produtiva do pessegueiro ‘Maciel’ por cinco anos consecutivos, em duas unidades de observação em Pelotas-RS, sendo uma delas em área com histórico de morte-precoce. As cultivares testadas como porta-enxerto do pessegueiro ‘Maciel’ apresentam eficiência produtiva, produção acumulada e produtividade acumulada, em cinco anos produtivos, similares entre si. O desempenho dos porta-enxertos avaliados foi bastante similar nas duas unidades de observação e nenhum sintoma de morte-precoce do pessegueiro foi verificado, nos primeiros seis
anos de cultivo. As cultivares lançadas para a finalidade porta-enxerto - ‘Flordaguard’, ‘Nemaguard’ e ‘Okinawa’ - constituem alternativas de recomendação mais adequadas para a cultivar Maciel, na região persícola de Pelotas- RS.
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