Preferência alimentar de adultos de Cerotoma arcuata (Coleoptera: Chrysomelidae) por folhas e vagens de cultivares de soja
Palavras-chave:
vaquinha-preta-e-amarela, glycine max, preferência alimentar, antixenose, resistência de plantas a insetosResumo
Este trabalho teve por objetivo avaliar a preferência alimentar de adultos de Cerotoma arcuata (Olivier) por folhas e vagens de seis cultivares diferentes de soja. Os testes foram realizados em laboratório, em condições controladas de temperatura, umidade e fotofase. Nos testes de preferência alimentar, foram utilizadas as seis cultivares de soja, sendo num ensaio oferecidos discos foliares, e no outro, vagens. Em ambos os testes, com e sem chance de escolha, foi liberado um adulto de C. arcuata por cultivar. As cultivares utilizadas inicialmente como padrões de resistência e suscetibilidade, IAC 100 e BRSGO 8360, respectivamente, foram mantidas para avaliar a preferência da vaquinha por partes da planta de soja, folhas ou vagens. Avaliou-se a atratividade dos insetos às cultivares e partes da planta de soja em períodos de tempo pré-estabelecidos, além da porcentagem de consumo. Nos ensaios preliminares, não se observou manifestação de resistência nas seis cultivares avaliadas. Porém, a partir da seleção das cultivares quanto à tendência de menor e maior consumo, verificou-se que BRSGO 8360 foi menos consumida por adultos de C. arcuata quando comparado a IAC 100, e as vaquinhas preferem se alimentar de folhas de soja em relação às vagens.
Downloads
Referências
Estesen. 1991. Rutin: a phagostimulant for the polyphagous acridid Schistocerca americana. Entomologia Experimentalis et Applicata 60: 19-28.
Boiça Júnior, A.L., B.H.S. Souza, D.B. Bottega, N.E.L. Rodrigues, M.L. Peixoto, E.N. Costa & Z.A. Ribeiro. 2012. Resistência de plantas e produtos naturais no controle de pragas em culturas agrícolas. In: Tópicos em entomologia agrícola – V. A.C. Busoli, J.F.J. Grigolli, L.A. Souza, M.M. Kubota, E.N. Costa, L.A.O. Santos, J.C. Netto, M.A. Viana. Eds. Gráfica Multipress Ltda., Jaboticabal. pp: 139-158.
CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento). 2012. Acompanhamento da safra brasileira. Grãos: safra 2012/2013, terceiro levantamento. Brasília: Conab,a30app.a
Disponível: http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/12_12_06_09_10_01_boletim_portugues_dezembro_2012.pdf>. Último acesso: Dezembro de 2013.
Corrêa, B.S., A.R. Panizzi, G.C. Newmann & S.G. Turnipseed. 1977. Distribuição geográfica e abundância estacional dos principais insetos pragas da soja e seus predadores. Anais da Sociedade Entomológica do Brasil 6: 40-50.
Costa, E.N., Z.A. Ribeiro, B.H.S. Souza & A.L. Boiça Júnior. 2014. Oviposition preference assessment of Diabrotica speciosa (Coleoptera: Chrysomelidae) for different soybean genotypes. International Journal of Pest Management 60: 52-58.
Davis, P.M., N. Brenes & L.L. Allee. 1996. Temperature dependent model to predict regional differences in corn rootworm (Coleoptera: Chrysomelidae) phenology. Environmental Entomology 25: 767-775.
Heineck, M.A.H. & E. Corseuil. 1997. Flutuação populacional de Cerotoma arcuata tingomariana (Bechyné) (Coleoptera: Chrysomelidae) em soja. Anais da Sociedade Entomológica do Brasil 26: 183-185.
Lara, F.M., J.M. Elias, E.L.L. Baldin & J.C. Barbosa. 1999. Preferência alimentar de Diabrotica speciosa (Germ.) e Cerotoma sp. por genótipos de soja. Scientia Agricola, Piracicaba 56: 947-951.
Lima, A.C.S. & F.M. Lara. 2004. Resistência de genótipos de soja à mosca branca Bemisia tabaci (Genn.) biótipo B (Hemíptera: Alerodidae). Neotropical Entomology 33: 71-75.
Link, D. & E.C. Costa. 1978. Danos causados por besouros crisomelídeos em soja. Revista Centro de Ciências Rurais 8: 245-250.
Lourenção, A.L., M.A.C. Miranda, J.C.V.N.A. Pereira & G.M.B. Ambrosano. 1997. Resistência de soja a insetos: X. Comportamento de cultivares e linhagens em relação a percevejos e desfolhadores. Anais da Sociedade Entomológica do Brasil 26: 543-550.
Lourenção, A.L., J.C.V.N.A. Pereira, M.A.C. Miranda & G.M.B. Ambrosano. 2000. Avaliação de danos causados por percevejos e por lagartas em genótipos de soja de ciclos precoce e semiprecoce. Pesquisa Agropecuária Brasileira 35: 879-886.
Menegatti, A.L.A. & A.L.M. Barros. 2007. Análise comparativa dos custos de produção entre soja transgênica e convencional: um estudo de caso para o Estado do Mato Grosso do Sul. Revista de Economia e Sociologia Rural 45: 163-183.
Piubelli, G.C., C.B. Hoffmann-Campo, F. Moscardi, S.H. Miyakubo & M.C.N. Oliveira. 2005. Are chemical compounds important for soybean resistance to Anticarsia gemmatalis? Journal of Chemical Ecology 31: 1515-1531.
Rossetto, C.J., V. Nagai, T. Igue, D. Rosseto & M.A.C. Miranda. 1981. Preferência de alimentação de adultos de Diabrotica speciosa (Germar) e Cerotoma arcuata (Olivier) em variedades de soja. Bragantia 40: 179-183.
Rossetto, C.J., P.B. Gallo, L.F. Razera, N. Bertoletto, T. Igue, P.F. Medina, O. Tisselli Filho, V. Aguilera, R.F.A. Veiga & J.B. Pinheiro. 1995. Mechanisms of resistance to stink bug complex in the soybean cultivar ‘IAC-100’. Anais da Sociedade Entomológica do Brasil, 24: 517-522.
Salas, F.J.S., M.M. Barradas & J.R.P. Parra. 1999. Tentativas de transmissão de um isolado do vírus do mosaico severo do caupi (CpSMV-SP) por artrópodos, em laboratório. Scientia Agricola 56: 413-420.
Smelser, R.B. & L.P. Pedigo. 1992. Soybean seed yield and quality reduction by bean leaf beetle (Coleoptera: Chrysomelidae) pod injury. Journal of Economic Entomology 85: 2399-2403.
Smith, C.M. 2005. Plant resistance to arthropods: molecular and conventional approaches. Ed. Springer. Dordrecht. 423 pp.
Souza, B.H.S., A.L. Boiça Júnior, J.C. Janini, A.G. Silva & N.E.L. Rodrigues. 2012. Feeding of Spodoptera eridania (Lepidoptera: Noctuidae) on soybean genotypes. Revista Colombiana de Entomología 38: 215-223.
Veiga, R.F.A., C.J. Rossetto, L.F. Razera, P.B. Gallo, N. Bertoletto, P.F. Medina, O. Tisselli Filho & J. Cione. 1999. Caracterização morfológica e agronômica do cultivar de soja ‘IAC-100’. Boletim Técnico 177.Ed. Instituto Agronômico. Campinas. 23pp.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2015 Arlindo Leal Boiça Júnior, Eduardo Neves Costa, Bruno Henrique Sardinha de Souza, Zulene Antônio Ribeiro

Esta obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Attribution 3.0 Unported License.
A partir de 2019 (Vol. 118 número 2) los artículos se publicarán en la revista bajo una licencia Creative Commons Atribución- NoComercial-CompartirIgual 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA 4.0)
Acorde a estos términos, el material se puede compartir (copiar y redistribuir en cualquier medio o formato) y adaptar (remezclar, transformar y crear a partir del material otra obra), siempre que a) se cite la autoría y la fuente original de su publicación (revista y URL de la obra), b) no se use para fines comerciales y c) se mantengan los mismos términos de la licencia.
Previo a esta fecha los artículos se publicaron en la revista bajo una licencia Creative Commons Atribución (CC BY)
En ambos casos, la aceptación de los originales por parte de la revista implica la cesión no exclusiva de los derechos patrimoniales de los/as autores/as en favor del editor, quien permite la reutilización, luego de su edición (posprint), bajo la licencia que corresponda según la edición.
Tal cesión supone, por un lado, que luego de su edición (posprint) en Revista de la Facultad de Agronomía las/os autoras/es pueden publicar su trabajo en cualquier idioma, medio y formato (en tales casos, se solicita que se consigne que el material fue publicado originalmente en esta revista); por otro, la autorización de los/as autores/as para que el trabajo sea cosechado por SEDICI, el repositorio institucional de la Universidad Nacional de La Plata, y sea difundido en las bases de datos que el equipo editorial considere adecuadas para incrementar la visibilidad de la publicación y de sus autores/as.
Asimismo, la revista incentiva a las/os autoras/es para que luego de su publicación en Revista de la Facultad de Agronomía depositen sus producciones en otros repositorios institucionales y temáticos, bajo el principio de que ofrecer a la sociedad la producción científica y académica sin restricciones contribuye a un mayor intercambio del conocimiento global.






















