O campo do vocacional desde um enfoque de gênero

Resumo

O documento propõe um quadro conceitual e normativo para tratar a questão da orientação, salientando a importância das abordagens dos direitos humanos, do género e da interseccionalidade. A abordagem dos direitos sublinha a igualdade enquanto seres humanos e a necessidade de garantir direitos fundamentais como a educação e a saúde. A abordagem de género reconhece a construção social e histórica do género e torna visíveis as desigualdades e a discriminação, incluindo as pessoas LGBTQ+. A interseccionalidade considera as múltiplas dimensões da experiência social que determinam os privilégios e as opressões. São mencionadas várias leis na Argentina que decorrem destas abordagens, abrangendo questões como a educação sexual, a identidade de género, a prevenção da violência e o acesso ao emprego para pessoas transgênero. O campo vocacional é analisado como resultado de variáveis sociais e subjetivas, influenciadas por um sistema capitalista e patriarcal que perpetua os papéis de género. Refere-se também a dissidência sexual e critica-se a atribuição de papéis no sistema patriarcal. Por fim, salienta-se a importância da aprendizagem ao longo da vida, a responsabilidade ética e política de abordar a orientação profissional numa perspectiva de género e propõem-se áreas de investigação futura, como a situação das travestis e das mulheres em situação de violência de género.