Etnoconhecimento associado às amoreiras-brancas (Rubus spp.) ocorrentes na Floresta Ombrófila Mista, Santa Catarina, Brasil.
Palabras clave:
Mora blanca, Rusticidad, Conocimiento popular, Biodiversidad, frutales nativosResumen
Amoreiras-brancas (Rubus spp.) são espécies frutíferas nativas da Floresta Ombrófila Mista, ecossistema predominante no Sul do Brasil. O objetivo deste trabalho foi sistematizar o etnoconhecimento associado às amoreiras-brancas. Foram abordados os seguintes aspectos: histórico e potencial de uso de amoreiras-brancas, aspectos socioeconômicos dos informantes, nome comum da planta, manejo das plantas, formas de consumo, época de frutificação e sabor dos frutos. O estudo demonstrou serem os agricultores mantenedores de amoreiras-brancas. O uso mais frequente era na forma de frutos frescos e para chás de folhas, flores e raízes. Trinta e dois (74%) utilizavam a amoreira-branca como medicinal. Entre os informantes, trinta e quatro (79%) afirmavam que aprenderam sobre o uso de plantas medicinais com os pais, incluindo a amoreira-branca. Todos informantes tinham livre acesso às plantas em suas propriedades ou em terreno de vizinhos e seis informantes (13%) não utilizavam/desconheciam a forma de uso medicinal da espécie. As indicações terapêuticas de maior uso da amoreira-branca foram: diabetes (62%), colesterol (44%) e pressão alta (20%). A parte da planta mais citada para uso medicinal era a folha, com apenas uma citação para utilização de flores e raízes. O modo de administração se dava por via na forma de chá por infusão. O consumo in natura dos frutos era feito de forma eventual. Embora a espécie seja negligenciada pelos consumidores urbanos, a amoreira-branca pode se constituir em alternativa de renda para pequenos agricultores e fonte nutracêutica para residentes no Planalto Sul Catarinense, cultivando-a para produção de frutos, como planta ornamental e/ou medicinal.
Descargas
Referencias
Amorozo, M. C. M. A. Uso e diversidade de plantas medicinais em Santo Antônio do Leverger, MT, Brasil. Acta bot. bras. 16(2): 189-203, 2002.
Bailey, K. D. Methods of social research. Free Press, 4th. ed. New York, 1994.
Begossi, A.; et al. Medicinal Plants in the Atlantic Forest (Brazil): Knowledge, Use, and Conservation. Human Ecology, v.30, n.3. p.281-299, 2002.
Clement, C. R. (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Cx. Postal 478, 69011-970 Manaus, AM, Brasil). 1492 and the loss of amazonian crop genetic resources. i. the relation between domestication and human population decline. Economic Botany 53(2):188-202. 1999.
Fonseca-Kruel, V. S. da; Peixoto, A. L. Etnobotânica na Reserva Extrativista Marinha de Arraial do Cabo. RJ, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 18, n. 1, p. 177-190, mar. 2004.
Furlan, S. A. 2006. Florestas culturais: manejo sociocultural, territorialidades e sustentabilidade. Agrária, 3:3-15.
Fuks, R. Rubus L. (Rosaceae) do Estado do Rio de Janeiro. Dissertação de Mestrado apresentada à Coordenação do Curso de Pós-Graduação em Botânica da UFRJ. Rodriguésia, Rio de Janeiro, 36 (61): 3-32, out./dez. 1984.
Guarim Neto, G. Flora medicinal, populações humanas e o ambiente do cerrado. Horticultura Brasileira, 19 (2): 204-205. 2001.
Klein, R. M. 1960. O aspecto dinâmico do pinheiro brasileiro. Sellowia, 12: 17-45.
Medeiros, J.D.; Savi, M. & Brito, B.F.A. Seleções de áreas para criação de Unidades de Conservação na Floresta Ombrófila Mista. Biotemas, Florianópolis, v. 18, n. 2, p. 33-50, 2005.
Minayo, M.C.S. O desafio do Conhecimento: Pesquisa Qualitativa em Saúde. 2 ed. São Paulo – Rio de Janeiro: HUCITEC – ABRASCO, 1993.80 p.
Monteiro, J. M. et al. Use patterns and Knolwledge of medicinal species among two rural communities in Brazil’s semi-arid northeastern region. Journal of Ethnopharmacology, v. 105, p. 173-186, 2006.
Newal, C. A.; Andesson, L. A. & Phillipson, J. D. Herbal medicines: a guide for health-carl professionals. London: The Pharmaceutical Press. 1996.
Niero, R.; Kanegusuku,M.; Souza, M.M.; Yunes, R. A. & Cechinel Filho, V. Antinociceptive action of extracts and fractions from Rubus imperialis (Rosaceae). Thérapie. V.57, n.3, p. 242-245, 2002.
Santos, K. L. dos. Diversidade cultural, genética e fenotípica da goiabeira-serrana (Acca sellowiana): implicações para a domesticação da espécie. Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2009
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2017 Cibelle Couto-Waltrich, Pedro Boff, Mari Inês Carissimi Boff

Esta obra está bajo una licencia Creative Commons Reconocimiento 3.0 Unported.
A partir de 2019 (Vol. 118 número 2) los artículos se publicarán en la revista bajo una licencia Creative Commons Atribución- NoComercial-CompartirIgual 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA 4.0)
Acorde a estos términos, el material se puede compartir (copiar y redistribuir en cualquier medio o formato) y adaptar (remezclar, transformar y crear a partir del material otra obra), siempre que a) se cite la autoría y la fuente original de su publicación (revista y URL de la obra), b) no se use para fines comerciales y c) se mantengan los mismos términos de la licencia.
Previo a esta fecha los artículos se publicaron en la revista bajo una licencia Creative Commons Atribución (CC BY)
En ambos casos, la aceptación de los originales por parte de la revista implica la cesión no exclusiva de los derechos patrimoniales de los/as autores/as en favor del editor, quien permite la reutilización, luego de su edición (posprint), bajo la licencia que corresponda según la edición.
Tal cesión supone, por un lado, que luego de su edición (posprint) en Revista de la Facultad de Agronomía las/os autoras/es pueden publicar su trabajo en cualquier idioma, medio y formato (en tales casos, se solicita que se consigne que el material fue publicado originalmente en esta revista); por otro, la autorización de los/as autores/as para que el trabajo sea cosechado por SEDICI, el repositorio institucional de la Universidad Nacional de La Plata, y sea difundido en las bases de datos que el equipo editorial considere adecuadas para incrementar la visibilidad de la publicación y de sus autores/as.
Asimismo, la revista incentiva a las/os autoras/es para que luego de su publicación en Revista de la Facultad de Agronomía depositen sus producciones en otros repositorios institucionales y temáticos, bajo el principio de que ofrecer a la sociedad la producción científica y académica sin restricciones contribuye a un mayor intercambio del conocimiento global.



























