Éros o memorioso

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24215/2422572Xe070

Palavras-chave:

amor, memória, cultura greca, Platão

Resumo

A vinculação entre o amor e a memória faz parte de toda experiência humana. Resgatarei aqui elementos que a cultura grega e a filosofia platônica em particular podem nos aportar hoje para refletir sobre essa experiência universal. Traçarei, em primeiro lugar, o nexo que a tradição grega establecia entre a memória, como coleção do patrimônio cultural e capacidade individual de preservar o conhecimento, e o amor, como a emoção que nos afeta no estado de paixão, mas que tinha também uma projeção política e cósmica. Posteriormente, explorarei a concepção platônica do amor como uma força que constitui a existência humana e cuja tarefa de procriação na beleza contribui para a formação da memória coletiva e individual e, através dessa, da identidade pessoal. Finalmente, abordarei a reminiscência que permite recuperar o conhecimento da estrutura essencial da realidade e na qual a paixão facilita a lembrança da beleza pura e eterna.



Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

María Angélica Fierro, Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET, Argentina) / Universidad de Buenos Aires (Argentina)

Professora em Filosofia (Faculdade de Filosofia e Letras, UBA); (Doutora em Filosofia (University of Durham; Reino Unido); Pesquisadora Associada (CONICET, Argentina); Professora em Filosofia Antiga (Faculdade de Filosofia e Letras, UBA); Membro do Comitê Executivo para América Latina da SAGP (Society for Ancient Greek Philosophy);  Estadia pós-doutorado (Instituto de Investigação Filosofica, UNAM, México). Ensinou cursos de graduação e pós-graduação no país e no exterior. Escreveu vários artigos em revistas especializadas, capítulos de livros, livros e dossiê sobre a filosofia de Platão.

Referências

Burnet I. (1899-1906). Platonis Opera. Oxford University Press.

Calame, C. (1992). Eros en la antigua Grecia. Akal.

Chappell, S. G. (2017). Plato. En S. Bernecker y K. Michaelian (Eds.), The Routledge handbook of philosophy of memory (pp. 385–395). Routledge.

Detienne, M. (1981). Los maestros de la verdad en la Grecia arcaica. Taurus.

Dover, K. J. (1974). Greek popular morality in the time of Plato and Aristotle. Blackwell-Oxford.

Dover, K. J. (1978/2016) Greek homosexuality. Bloomsbury.

Fierro, M.A. (en prensa). Platón. Fedro. Colihue.

Fierro, M. A. (2019). Amores locos. A propósito de la manía erótica en el Fedro. Nuevo Itinerario, 14, 138–174.

Fierro, M. A. (2010). La concepción del éros universal en Fedro. En J. Labastida y V. Aréchiga (Eds.), Identidad y diferencia. Tomo 2: El pasado y el presente; sección: antigüedad y medioevo (pp. 11-25). Asociación Filosófica de México & Siglo XXI.

Fierro, M. A. (2006). Platón y los privilegios de los amantes. Nova Tellus, 24(2), 170–195.

Forero Álvarez, R. (2009). Antología de Safo. Literatura: Teoría, Historia, Crítica, 11, 432–511.

Halperin, D. M. (1992). Plato and the erotics of narrativity. En J. Annas (Ed.), Oxford studies in ancient philosophy (pp. 113–129). Oxford University Press.

Hackforth, R. (1950). Immortality in Plato’s Symposium. The Classical Review, 64, 43-45.

Havelock, E. A. (1963). Preface to Plato. Harvard University Press.

Konstan, D. (2012). El concepto de belleza en el mundo antiguo y su recepción en occidente. Nova Tellus, 30(1), 133–148.

Moravcsik, J. (1994). Learning as recollection. En J.M. Day (Ed.), Plato´s Meno in focus (pp. 53–69). Routledge.

Nikulin, D. (2015). Memory in ancient philosophy. En D. Nikulin (Ed.), Memory: A history (pp. 35-84). Oxford University Press.

Nussbaum, M. (1995). La fragilidad del bien: fortuna y ética en la tragedia y filosofía griega. Visor.

Ostenfeld, E. N. (1987). Ancient Greek philosophy and the body-mind debate. Aarhus University Press.

Reale, G. (2000). Eros, dèmone mediatore. Il gioco delle maschere nel Symposio di Platone. Rizzoli.

Rowe, C. J. (1998). Plato: Symposium. Aris & Phillips.

Scott, D. (1987). Platonic anamnesis revisited. Classical Quaterly, 37(2), 346–366.

Yunis, H. (2011). Plato. Phaedrus. Cambridge University Press.

Publicado

2020-11-14

Como Citar

Fierro, M. A. (2020). Éros o memorioso. Jornal De Psicologia, 20(1), 243–255. https://doi.org/10.24215/2422572Xe070