A importância das narrativas descoloniais: o caso da psicologia do trabalho no Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.24215/2422572Xe147Palavras-chave:
decolonialidade, história da psicologia, psicologia do trabalho, historiografiaResumo
Este trabalho tem como objetivo discutir a importância de narrativas descoloniais, no geral, e no campo da história da psicologia, em particular. Para isso, toma-se como ponto de partida os resultados iniciais de um estudo empírico publicado recentemente que investigou os diferentes estilos de gestão no âmbito do trabalho no Rio de Janeiro entre 1949 e 1965 a partir da análise das publicações do periódico Arquivos Brasileiros de Psicologia. Tais resultados apontaram para uma inadequação entre as interpretações dos estilos de gestão operantes, por um lado, no cenário anglo-norte-americano e, por outro, no Rio de Janeiro. A discussão do presente artigo se centrará nessa inadequação, focando nas diferenças entre como narrativas coloniais e descoloniais concebem a relação entre dados empíricos e matrizes de inteligibilidade e nas consequências historiográficas e metodológicas desta relação.
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