Performatividade, agência e linguagem
A psicanálise de Judith Butler como excesso avassalador
DOI:
https://doi.org/10.24215/2422572Xe059Palavras-chave:
Judith Butler, Psicanálise, Agência, Linguagem, CorpoResumo
A teoria queer delineada por Judith Butler reconhece a noção de performatividade como uma peça central, particularmente ligada à teoria dos atos de fala de Austin. Sua relevância teórica, que quebra toda uma tradição moderna de pensamento, encontra dificuldades políticas quando seu construcionismo linguístico apaga a possibilidade de pensar em uma noção de forte agência política. No contexto desse problema teórico-político, são apresentadas as tentativas de Butler de conciliar o reconhecimento e a afirmação de um limite ao poder onipresente da linguagem na constituição do sujeito, com sua rejeição pós-estruturalista de admitir a existência de um registro extradiscursivo. Quando Butler vai à psicanálise para apontar essa dimensão do excesso, capaz de decompor a dimensão do significado, ele enfrenta um arcabouço teórico irreconciliável sobre as suposições foucaultianas que sustentam seu pensamento.
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