O fim da Terra do Fogo?
Indústria, ciência e soberania
DOI:
https://doi.org/10.24215/26183188e147Palavras-chave:
modelos de desenvolvimento de ciência e tecnologia, subregime, Terra do FogoResumo
Este artigo analisa a disputa pelo futuro da Terra do Fogo, palco de um processo de mudança estrutural bem-sucedido, mas ameaçado. Argumenta-se que a promoção industrial não apenas reconfigurou o perfil produtivo e social da província, mas também atuou como plataforma para a construção de um sistema institucional e científico-tecnológico que de outra forma não teria existido. Em oposição, narrativas fiscalistas e reducionistas propõem desarticular o subregime industrial, mas omitem em suas análises que isso não afetaria apenas a produção e o emprego, mas também a estrutura institucional e a estratégia nacional sobre o Atlântico Sul. Conclui-se que a experiência da Terra do Fogo não é um “custo” a ser reduzido, mas um modelo a ser expandido e, por isso, é necessário explorar caminhos para reproduzir a experiência em outras regiões negligenciadas do país.
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